Aníbal António Cavaco Silva



- Aníbal António Cavaco Silva , nascido em Boliqueime, Loulé a 15 de Julho de 1939 é um economista e político português e, desde 2006, o décimo nono Presidente da República Portuguesa. Foi primeiro-ministro de Portugal de 6 de Novembro de 1985 a 28 de Outubro de 1995, tendo sido a pessoa que mais tempo esteve na liderança do governo do país desde o 25 de Abril. A 22 de Janeiro de 2006 foi eleito Presidente da República, tendo tomado posse em 9 de Março do mesmo ano.

-Biografia-
Cresceu em Boliqueime, filho de Teodoro Gonçalves da Silva e de Maria do Nascimento Cavaco, dedicando-se o pai à exploração de frutos secos e ao comércio de combustíveis. Em Faro fez o Ciclo Preparatório, na Escola Técnica Elementar Serpa Pinto, e o Curso Geral do Comércio, na Escola Comercial e Industrial, em 1956. Veio então para Lisboa onde completou o Curso de Contabilidade do Instituto Comercial de Lisboa (actual ISCAL), em 1959, frequentando, em paralelo, as disciplinas exigidas para admissão ao Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (actual ISEG). A meio do curso foi chamado a cumprir o serviço militar obrigatório, tendo feito a recruta na Escola Prática de Cavalaria de Santarém, e sido colocado como aspirante miliciano na Repartição de Contabilidade do Instituto Militar dos Pupilos do Exército. Em 1963, depois de casar com Maria Alves da Silva, foi enviado para Moçambique, até 1965. Em 1964 terminou a licenciatura em Finanças, com a mais alta classificação do seu ano.

-Percurso Académico-
No final de 1965 torna-se bolseiro do Centro de Economia e Finanças da Fundação Calouste Gulbenkian, onde se dedica à investigação, a partir de 1967. Publica então um primeiro título, O Mercado Financeiro Português em 1966 (1967). Entretanto já leccionava (como Assistente) a disciplina de Finanças Públicas, no ISCEF (1966-1978). Mantendo a bolsa da Fundação Gulbenkian, parte com a família para a Grã-Bretanha, para se doutorar em Economia Pública, na Universidade de York (1971). A sua dissertação, depois publicada, intitulou-se A Contribution to the Theory of the Macroeconomic Effects of Public Debt (1973).

Regressado a Portugal pouco antes do 25 de Abril, manteve-se como investigador na Fundação Gulbenkian, integrando depois o respectivo Centro de Economia Agrária. Em 1977 mudar-se-ia para o Banco de Portugal, assumindo o cargo de director do Departamento de Estatística e Estudos Económicos. Ao mesmo tempo passou a integrar (como vogal) a Comissão Instaladora da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e, pouco depois, a leccionar também na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa. Em 1979 prestou provas públicas para Professor Extraordinário de Economia Pública da Universidade Nova de Lisboa, onde chegou entretanto a Professor Catedrático.

-Entrada na Política-
Com a vitória da Aliança Democrática, foi convidado a exercer funções como Ministro das Finanças e Plano (1980-1981) do VI Governo Constitucional. Porém, após a morte de Francisco Sá Carneiro, recusa-se a integrar o governo de Francisco Pinto Balsemão, abdicando também do lugar de deputado para o qual tinha sido eleito. Em Fevereiro de 1981 é eleito, pela Assembleia da República, presidente do Conselho Nacional do Plano (órgão que antecedeu o Conselho Económico e Social), e que dava pareceres sobre as Grandes Opções do Plano.

Militante do Partido Social Democrata desde a sua fundação, vai ao VIII Congresso onde encabeça uma lista candidata ao Conselho Nacional. No mesmo ano é eleito presidente da Assembleia Distrital da Área Metropolitana de Lisboa do PSD.

Na Primavera de 1985 é nomeado membro da Comissão Instaladora do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, pouco antes da política lhe ditar o afastamento do ensino (na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade Católica Portuguesa), por uma década.

Depois da demissão de Carlos Mota Pinto em 1985 (dos cargos de Vice-Primeiro-Ministro e presidente do PSD) é convocado um Congresso Nacional no Casino da Figueira da Foz. Inesperadamente, Mota Pinto morre, vítima de um ataque cardíaco, e o congresso parece disputar-se entre João Salgueiro e Rui Machete. Porém, contra às previsões, é Cavaco Silva quem acaba eleito líder do partido. O falhanço das negociações com o Partido Socialista levam à rotura do Bloco Central, que havia sido constituído em 1983. Como consequência, Ramalho Eanes dissolve o Parlamento. Nas eleições legislativas de 1985, que se seguiram, o PSD obtém o melhor resultado de sempre (29,8% dos votos) dando início a um governo minoritário (o X Governo, chefiado por Cavaco Silva).

-Primeiro Ministro-
Cavaco Silva apostou em levar a cabo reformas estruturais da administração e na direcção económica do país. Foi também nesta legislatura que Portugal aderiu à CEE. Porém, as reformas em que apostava, encontraram oposição firme na Assembleia da República onde (em Abril de 1987), o Partido Renovador Democrático de Ramalho Eanes, leva uma moção de censura, depois aprovada com os votos do PS e da APU. Como consequência o Governo cai e Mário Soares (entretanto eleito Presidente da República), dissolve a Assembleia e convoca eleições.

Nas eleições de Julho de 1987 os portugueses atribuem a primeira maioria absoluta a uma força política não coligada (com 50,2% dos votos para o PSD), que se havia de repetir nas eleições legislativas de 1991. Dessas vitórias resultaram, respectivamente, a constituição dos XI e XII Governos Constitucionais, apostados em conduzir reformas estruturais conducentes à economia social de mercado. Nesses anos se fez a reforma fiscal que introduziu o IRS e o IRC, privatizaram-se empresas públicas, reformaram-se as leis laborais e agrárias e liberalizou-se a comunicação social, de que resultou a abertura da televisão à iniciativa privada e mais liberdade de informação. O país conheceu um crescimento económico apreciável, acima da média europeia, o que fez subir a popularidade de Cavaco Silva. A par de profundas melhorias na rede viária nacional, com vista a melhorar a coesão territorial do país, reabilitou-se de boa parte do património cultural público e deu-se o impulso a seis novos projectos: a organização da Expo 98, a construção da Ponte Vasco da Gama, a introdução do caminho ferroviário na Ponte 25 de Abril, a construção da Barragem do Alqueva, a introdução do gás natural e a projecção do novo Aeroporto da Madeira.

A permitir estas reformas estavam as condições estabelecidas no Acto Único Europeu de 1986, ano da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia. Em 1992 Portugal assume pela primeira vez a presidência do Conselho de Ministros da CEE, o que leva Cavaco Silva a abrir a cerimónia de assinatura do Tratado de Maastricht, fundador da União Europeia. Foi também sob a sua liderança, que Portugal esteve no centro da criação da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e que foi decidida a realização anual das cimeiras luso-brasileiras.

Coincidindo com o abrandamento da actividade económica, os últimos anos do XII Governo, ficaram também marcados pela contestação social às reformas do cavaquismo. Cavaco Silva responderia com uma frase que se tornou célebre, «deixem-me trabalhar!», e classificava a oposição como «forças de bloqueio». De acordo com o governante, aqueles que se opunham às suas políticas faziam parte dessas forças. Entre os "bloqueadores" foram incluídos Mário Soares, que com as suas Presidências Abertas dava eco à contestação social que se fazia sentir no País, e Sousa Franco, então presidente do Tribunal de Contas, que várias vezes reprovou as contas enviadas pelo Governo.

Após dez anos como Primeiro-Ministro, Aníbal Cavaco Silva coloca-se de fora das eleições legislativas desse mesmo ano, e afasta-se da liderança do PSD, entretanto assumida por Fernando Nogueira. A derrota do PSD em 1995, pelo PS de António Guterres, levam-no a anunciar uma candidatura à Presidência da República. Personificando uma alternativa não socialista, defronta-se com Jorge Sampaio, e sai derrotado (com 46,09%, contra 53,91% dos votos). Nos anos seguintes, volta ao Banco de Portugal e à docência universitária. Mantém, todavia, uma marcante participação política, nomeadamente através de intervenções em colóquios e artigos na imprensa escrita.

-Presidência da República-
No dia 20 de Outubro de 2005, numa declaração pública no CCB, apresenta-se oficialmente como candidato à Presidência da República. Já haviam sido publicadas várias sondagens de opinião que apontavam Cavaco Silva em primeiro lugar. Contra Jerónimo de Sousa, Mário Soares, Francisco Louçã, Garcia Pereira e Manuel Alegre, conseguirá a eleição à primeira volta (com 50% dos votos), marcando pela primeira vez, na Democracia portuguesa, a eleição de um Presidente oriundo do centro-direita. A 9 de Março de 2006 toma posse como 18º Presidente da Repúbica Portuguesa.

-Prémios e Publicações-
Entre os prémios que recebeu, salienta a distinção, feita na Alemanha, com o Prémio Carl Bertelsmann, atribuído pela Fundação Bertelsmann (em 1995), com base no sucesso das políticas de luta contra o desemprego. Recebeu o prémio Joseph Bech (1991), no Luxemburgo, e a medalha Robert Schuman (1998), pela sua contribuição para a construção europeia, e o Freedom Prize (1995), na Suíça, concedido pela Fundação Schmidheiny, pela sua acção como político e economista. Em 2009 foi distinguido, em Nápoles, com o Prémio Mediterrâneo Instituições (2009), atribuído pela Fundação Mediterrâneo.

Entre os livros que tem publicados referem-se os títulos académicos O Mercado Financeiro Português em 1966 (1968), Política Orçamental e Estabilização Económica (1976), Economic Effects of Public Debt (1977), Finanças Públicas e Política Macroeconómica, com João César das Neves (1992), Portugal e a Moeda Única, prefaciado por Jacques Delors (1997), União Monetária Europeia: funcionamento e implicações (1999), e os de índole política, A Política Económica do Governo de Sá Carneiro (1982), As Reformas da Década (1995), Autobiografia Política I (2002) e Autobiografia Política II (2004) e Crónicas de Uma Crise Anunciada (2002). As intervenções mais importantes produzidas como Primeiro-Ministro encontram-se reunidas nos livros Cumprir a Esperança (1987), Construir a Modernidade (1989), Ganhar o Futuro (1991), Afirmar Portugal no Mundo (1993) e Manter o Rumo (1995). As intervenções mais importantes como Presidente da República encontram-se reunidas nos livros Roteiro para a Inclusão - 2006, Roteiros I - 2006/2007; Roteiros II - 2007/2008 e Roteiros III - 2008/2009. Cavaco Silva é Doutor Honoris Causa pelas universidades de York (Reino Unido), La Coruña (Espanha), Goa (Índia), León (Espanha) e Heriot-Watt (Escócia), membro da Real Academia de Ciencias Morales y Políticas de España, do Club of Madrid e da Global Leadership Foundatio.


- AUTOGRAFO DE ANIBAL CAVACO SILVA


Esta foto foi retirada do site oficial da Presidencia da Republica.
http://www.presidencia.pt/index.php?action=12&id1=46784&id2=&id3=46814&url=http://www.presidencia.pt/archive/img/023-100926-PR-0672.jpg



Esta foto foi retirada do site oficial da Presidencia da Republica.
http://www.presidencia.pt/index.php?action=12&id1=49290&id2=&id3=49347&url=http://www.presidencia.pt/archive/img/007-101121-PR-0821.jpg

5 Comentarios:

Anónimo disse...

Olá!
Antes de mais quero-te dar os parabéns pelo blog que tens, não é nada fácil conseguires autógrafos de grandes personalidades. Tens alguma cunha para conseguires? Hehehe!
Já agora, conheceste algum dos Gato Fedorento? Por acaso tenho autógrafos deles! ;-)
Bjs e boa continuação com o blog!

Iosif disse...

Como decia Mafalda ...es un blog completo y muy trabajado. Yo personalmente no podria hacer este trabajo y tampoco conseguir autografos famosos !
Felicidades y saludos con respeto a todos !

Kátia Nascimento disse...

Olá!!!
Maravilhoso seu blog!
Adorei!

silvo disse...

Felicidades por tu gran colección, saludos

Iosif disse...

Interesante.....saludos...

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CAMISOLA DO APRESENTADOR "JORGE GABRIEL" USADA NUM PROGRAMA TELEVISIVO A QUANDO DO MUNDIAL DE 2010



- COM A DEDICATÓRIA -
"ISMAEL, ACEITA COM UM ABRAÇO ESTA LEMBRANÇA DO MUNDIAL 2010 "FORÇA PORTUGAL" JORGE GABRIEL 11/7/10"




- REVISTA CARAS (26 de maio de 2012) -

"XVII GALA DOS GLOBOS DE OURO NO COLISEU DOS RECREIOS EM LISBOA AO LADO DE ARTUR ALBARRAN"


- REVISTA CARAS (02 de junho de 2012) -

"XVII GALA DOS GLOBOS DE OURO NO COLISEU DOS RECREIOS EM LISBOA AO LADO DE LILI CANEÇAS"




- AMÁLIA RODRIGUES EM 1947 -
QUANDO PROTAGONIZOU O FILME
"FADO, HISTÓRIA DE UMA CANTADEIRA"

- FOTO AUTOGRAFADA -



- DESENHO COM DEDICATÓRIA DO EX. PRESIDENTE DA REPUBLICA MÁRIO SOARES ATRIBUIDO AO ACTOR RAUL SOLNADO

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-SUA SANTIDADE O PAPA BENTO XVI (MAIO 2010)-

-- FATIMA -- (CASA Nª Sª DO CARMO ONDE O PAPA FICOU INSTALADO)

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-- VILA NOVA DE GAIA -- ( À SAIDA DO QUARTEL DA SERRA DO PILAR )





- CARTAZ DA PEÇA "MORANGOS COM AÇUCAR" AUTOGRAFADO





- CARTAZ DA PEÇA "A REVISTA É LINDA" AUTOGRAFADO





- CARTAZ DA PEÇA "E VIVA A REVISTA !" AUTOGRAFADO





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- "MAIS RESPEITO QUE SOU TUA MÃE"

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